quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Kate Pearce - Escravos da Paixão

"Uma proposta ousada... 
Forçada a casar muito nova, Abigail Beecham está farta do seu casamento sem sexo. Anseia por sucumbir aos prazeres deliciosos do puro desejo carnal sobre o qual apenas leu. Se o marido não é capaz de satisfazer as suas carências, ela está disposta a encontrar um homem que o seja... 

Um passado diferente... 
Peter Howard está habituado a pedidos sexuais fora do comum. Os seus dez anos como escravo num bordel turco tornaram-no um especialista nas delícias sensuais. Mas há pouco que realmente o excite... até conhecer Abigail. Agora vive para a provocar e atormentar até ela gritar de prazer. Talvez quando sentir finalmente aquela deliciosa sensação de felicidade por que tanto anseia..."



Este segundo volume da série "Casa do Prazer" centra-se na personagem atormentada de Peter Howard. O anterior livro, "Escravos do Amor", já tinha uma linguagem bastante gráfica, mas este consegue ainda ser mais cru, estando a gerar alguma controvérsia nos blogues sobre livros que vou lendo e compreendo perfeitamente o porquê.
Tal como no cinema, existe uma linha muito ténue entre erotismo e pornografia e este livro está em cima dessa linha. A sinopse acaba por não dar uma ideia muito "honesta" do que se pode esperar deste livro, até porque sendo classificado como romance erótico, tem muito de sexo (hetero e homossexual) e pouco de romance.
Gosto deste tipo de livros, não tenho problema com as descrições pormenorizadas da "paixão" dos personagens, sejam elas quantas forem, mas acho que houve um grande desequilíbrio em relação às parte de sexo e de história. Apesar de dar os dados essenciais sobre o passado dos personagens - principalmente do de Peter que já tinha sido abordado no livro anterior - este livro não é um livro sobre as histórias delas,mas sim sobre a forma como esses se descobrem a si próprias e sobre a sua sexualidade, descurando a trama central. Penso que se a autora tivesse trabalhado mais o passado e o desenvolver da relação não carnal, a narrativa teria ficado mais interessante e não perderia o lado erótico.

Quem procura apenas romance, não é um livro que aconselho. É um livro muito "quente", com uma linguagem muito explicita e provocante.

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